Não sei você, mas eu fico fazendo batalhas mentais sobre comidas. Tô sempre na pixxta em busca do melhor bolinho de arroz, feijoada ou tornedor. Nas minhas muitas sagas tem destaque o Pato de Pequim que já comi de Barcelona à Berlim. É sempre uma desculpa boa pra exercitar o queixo e o espírito de aventura, vai por mim.
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Tinha ouvido falar da galinhada da Borracharia e outro dia vi matéria que colocava o prato entre os “quitutes” mais mais de BH. Era a desculpa que faltava pra colocar o meu pokemón pra jogo. O adversário desafiado é do tipo psíquico, com ataque especial absurdo: a galinhada sagrada do Mercado Grano. Nem queria revelar aqui porque o prato além de só sair no almoço, semana sim a outra não; é daqueles que quando acaba, acabou, não tem reposição. Toda vez que vou lá comer ligo antes pra conferir e quando chego vai batendo aquela insegurança: e se todo mundo pedir e acabar? Entendem a relação de apego?
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Então, gosto e bunda já diziam…. na minha mudesta opinião o desafio foi de Peso Pena contra o cinturão dos Pesados. Fiquei na dúvida se a galinhada era canja, não entendi o excesso de ora-pro-nóbis, a função da farofa trabalhada no alho (da qual lembrei o dia inteiro), a cor açafrão neon do arroz contrastando com o pantone frango hospital. Nem o zoiudo, gema mole perfeitim desequilibrou um pouco o jogo a favor do desafiante.
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Sinto muito, mas isso não chegou a ser batalha e ficou mais pra covardia. Por enquanto mantém-se invicta a galinhada do Mercado Grano, o resto é galinha pintadinha.

Galinhada da Borracharia 
Galinhada do Mercado Grano


