Deixei o adolescente em Balneário Camboriú, acho que ele deixará de adolescer. Resolveu estudar gastronomia. Eu nunca poderia imaginar que ele iria traçar esses rumos e olha que eu, como toda mãe que se preze, tirei 10 no quesito fantasia. Mas quem conhece a figurinha sabe que vai dar match, porque cozinha é lugar de…
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Essa é uma carta de amor
Jonas, A gente transformou a vida numa ciranda louca com esporas afiadas nos pressionando numa inércia cretina. Roda moinho e pião, sem pensar o porquê, pra que e para onde. Não cabem questionamentos, o inconcebível é parar; frear é sinal de fraqueza. E, ordenados pelo imperativo das tarefas, vivemos uma ciclotimia perversa, ora embriagados por…

A glosa da glosa*¹
Rolou um entrevero grotesco num lugar improvável, que deveria, por feitio, imprimir um instinto gregário. Um grupinho grunhiu numa escola renomada, dizendo que a prova aplicada agredia a moral da soberania nacional. Ora bolas, onde se viu, criticar a autoridade? Falta de Cristo ou porrete nessa gente degenerada. Falar que come solta a queimada, que…

Velho esquema novo
O tempo vai passando e mais prazer eu tenho de ficar rodeada de gente jovem, criativa, tolerante, bem-humorada e capaz. Não precisa ficar preocupado aê porque eu ainda resta bom senso em quantidade suficiente e não tenho nenhuma intenção de ocupar o posto da tia da balada. Esse “tipo de gente” eu reconheço de supetão…

Faltou Beijo pro Rafinha
Na minha cidade existia um homem que chamava Beijo. Acho que ninguém sabia o nome dele de verdade, nasceu e morreu Beijo. Ele vendia picolé de groselha e de coco num casarão do centro, de pé direito altíssimo e portas grossas de madeira pintadas num tom verde anemia. Tinha mesa de sinuca e funcionava como…

Carta para Augusto
Augusto, Já que seus pais fizeram a loucura de nos escolher como seus padrinhos, deixe a gente se apresentar pra você e dizer o que pode esperar de nós. Prepare-se para ter muitos apelidos na vida, mas nunca vou te chamar de “Augustinho”. Seu pai anda te chamando de “Tico” eu curti bastante, mas esse…

Nós, impostores do esposório
Eu o chamo de Xu. Sim, concordo com você que poderia ser mais criativo. No início era Chá com Chuva, embora eu não seja uma tea person, sempre me encanto com a sonoridade das palavras. Deveria ter ficado Chachu, se bem que parece uma batida de funk, não sei se carregaria a dose de mel…

Toda mãe é sereia
Hanna Litwinski reflete neste texto sobre o papel da mãe, pai e filhos na família e as cobranças que a sociedade exerce sobre cada um.

Comida com gosto de infância
Crônica gastronômica sobre a experiência de um almoço no restaurante Verano Gourmet

Anunciaram e garantiram, mas o mundo não se acabou
Sim, 2018 foi de lascar. Voaram farpas para todos os lados e ainda trago algumas incrustadas na pele. Aperto e dói. Foi um ano particularmente sofrido, desses meio lama, meio lodo. Quando eu achava que estava desatolando, tomava outro escorregão feio. A alma colecionou hematomas roxos e amarelos convivendo em desalinho. Debutei numa primeira experiência…
