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Hanna Litwinski
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Hanna Litwinski

Mais que Mulher!

Posted on março 3, 2021

Jandira fez oitenta, mas oitenta não fazem Jandira.

Jandira é xovem de cútis, de cuca legal e youtube.
Jandira é anciã da tribo, das ervas e unguentos e uma operária incansável no ato de zelar.

Jandira tem uma vaidade discreta e uma elegância congênita, afora quando dá sua risada.
Se você deseja ver Irene dar sua risada, não imagina o Exocet que a gargalhada de Jandira é.

É uma onda radioativa que enche uma casa inteira e causa sequelas imediatas no perímetro: todos se põem a rir com ela e dela. Irremediável.

Jandira é da água; meio peixe, meio coelha. Jandira gosta “da rapinha do café” e bolo de festa.
Mas não gosta da festa – quem diria – talvez porque já seja uma.

Os olhinhos pelados de Jandira marejam quando se lembram da infância.
E remam lá pra roça onde viviam soltos e eram cosidos pela arte da mãe e a pachorrice do pai, que permanecia imóvel, enquanto lhe faziam trancinhas nos cabelos.

Jandira é bicho de mato, de mar (,) de gente. Não existe conversa mais fácil que a dela. Sem se dar conta você é fisgado e condenado a ser seu fã incondicional.

Mas a maré tem suas reviravoltas quando surge a comentarista política, ou uma e outra antipatias ferrenhas. Aí aqueles olhinhos pueris se transformam em Santo Cristo sanguinário e torna-se atividade de altíssima periculosidade encarar um duelo com a onça.

Jandira é justa, uma criatura que transborda respeito por tudo e todos. Não confunda respeito com austeridade, afinal Jandira é feita de informalidade. É o apreço que ela tem, cortesia no trato e no tato.

Jandira é complexidade e a simplicidade vivendo parelhas, como se fossem uma coisa só. Faz o melhor bolinho de bacalhau que já se teve registro na história da humanidade. E quando ela fala: “ô filhinha” me faz sentir o ser mais amado desse mundo.

Doce Jandira, que alegria te ver tão bem. Tão você!
Você é nossa festa!

Viva mamãe, viva!

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