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Hanna Litwinski
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Hanna Litwinski

O sabor do ano novo

Posted on dezembro 7, 2017janeiro 16, 2019

Uma vez um miniirim que se dizia feito de ferro e tristeza, mas que na verdade era modelado na inexplicável matéria da qual os gênios são feitos, profetizou em poesia uma lição que a gente – teimoso feito só – insiste em ignorar.

Ele disse mais ou menos assim: para ganhar um ano novo, da cor do arco-íris ou da sua paz; não é preciso fazer promessas, tomar champanhe ou chorar de arrependimento. Para ganhar um ano novo que faça jus a esse nome, meu caro, você precisa MERECÊ-LO. “É dentro de você que o ANO NOVO cochila e espera desde sempre”.

Insuflada por esse alinhado tapa na cara decidi que está na hora de por fim à minha gestação de elefante obsoleto.

Meu ano novo vai nascer. Tá decidido. E vai ser novinho em folha. Refrescante e alvo como um sorriso colgate!

E nos muitos acontecimentos felizes e amargos, já que a vida não tem os filtros do Instagram e nem um Waze embutido, que passaram na minha telenovela pessoal neste ano, a profusão final de oxitocina verteu daqui.

Do fluxo de afeto que jorrou a partir da publicação das minhas resenhas prolixas, que vocês, com tanta generosidade e paciência acolheram, comentaram e prestigiaram.

Fazendo com que eu me sentisse orgulhosa da cria como mãe recém parida.

E esse filho nasceu. Na certidão confirmo a filiação: o gosto da escrita e a fome infinita.

Um casal que tem uma relação conturbada, como qualquer consorte trivial, que oscila do ódio ao amor e do júbilo à decepção.

Aqui caros confrades, pude abrir meu peito e partejar meu amor de escrever e meu enamoramento gastronômico.

E como fui feliz! Tanto que já decidi com que cor eu vou pintar o meu ano novo. Vai ser da cor da gratidão!

E em retribuição a essa toda essa energia do bem- recebida, eu prometo (por que a carne é fraca e ninguém consegue ficar sem nenhuma promessa na listinha) lançar pelo menos 365 confetes àqueles heróis da cozinha que nos trazem amor em forma de alimento.

Se disciplina eu tivesse a produção seria diária, mas sou movida por libido.

Como não gosto de finais melodramáticos, os elogios empenhados não virão em substituição à ironia e às talagadas de sarcasmo habitués.

Porque o ano pode ser bom, mas eu nem tanto!

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