Sei que tem gente que torce o nariz (e a cara toda), mas outras saem à caça. Ontem fui jantar no Barolio para satisfazer minha obsessão napolitana depois que descobri que a quinta é a nova sexta. Sou tomada de supetão pela sugestão de entrada: ostras! Eu não ouvi direito! Ostras, Capitão!
Fiz coraçãozinho com as mãos pro garçom constrangido, fazendo a linha contida. O desejo real era de sapecar um beijo na testa dele.
Aí elas vieram. O cheiro do mar e por extensão da felicidade. Carnudas, suculentas e numa fescurisse de invejar burguesinha, burguesinha.
Se você compartilha dessa tara (no livro Cozinha Confessional, Anthony Bourdain conta que o que despertou o tesão gastronômico dele foi comer uma ostra quando menino em viagem à França) perde tempo não porque se o que é bom dura pouco, o espetacular, se piscar, já foi pro beleléu.
