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Hanna Litwinski
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Hanna Litwinski

Pateo Zero Oito Restaurante biscoito de polvilho

Posted on dezembro 11, 2018fevereiro 1, 2021

Tem certas coisas que me incomodam muito em restaurantes, uma delas eu classifico como “restaurante biscoito de polvilho”: só faz barulho. Na hora do vamo vê não se sustenta, é só farelo.

Fomos praticar nosso esporte de emoção e conhecer um novo restaurante: O PATEO ZERO8ITO, no Jardim Canadá.
No estilo dos conhecidos “galpões” da região, ficou faltando identidade ao local. O projeto ficou boring, parecendo salão de churrascaria. Faltou investimento ou criatividade, sei lá. Mas uma palavra mágica que me guiou até o lugar foi: Ostras Frescas (no cardápio online). A musiquinha da vassoura (quem lembra?) é trilha a sonora do meu caso com ostras: diga onde você vai, que eu vô varrendo…

Parecia que eu tinha pedido um cortador de unha pela reação do garçom quando pedi a porção de ostras. Foi “verificar” na cozinha e voltou com a negativa dizendo ter somente a gratinada e nenhuma explicação a mais. Poxa, coloca a informação assim: temos “sazonalmente” ostras frescas e não da maneira ponta firme que tava escrito lá! Não é legal brincar com o sentimentos das pessoas assim.

Passada a frustração, pedimos pra beliscar um pastelzinho de moqueca. Massa farelenta, fritura estourada. Out.
Mais uma entrada: queijo canastra curado com carne seca e pimenta biquinho. Sem avisos, o queijo canastra foi substituído pelo coalho e o prato ficou enjoativo e sem contraste. Troco olhares com marido e assim constatamos que a tendência do lugar não seria melhorar: cilada! Enquanto o adolescente come sozinho a porção de canastra em corpo de coalho. O bom de ter filho nessa idade é que a gente se sente aliviada por não contribuir com o desperdício mundial de alimentos.

Marido ferrenho que só ele, (pelinha também é classificação oportuna) decide pedir um cupim. Tava pra lá de ruim, duro e sem gosto de cupim. O pão que acompanha chamaremos de bela adormecida. O garçom se toca, nos raros momentos de interação que nos proporcionou, e pergunta o que houve. Dizemos que a carne está dura e sem gosto, ele sugere cozinhar mais. Agradecemos a “gentileza”, e como somos brasileiros, passemos aos principais.

Eu vou de Sinfonia al mare (algo assim): lula, ostra gratinada, camarão, polvo, mexilhões e casquinha de bacalhau cozidos no vinho branco. Tinha pontos bons como a generosa quantidade de frutos do mar, a ostra muito gostosa, e os camarões de um bom tamanho; mas tudo tinha o mesmo gosto e ponto de cozimento.

O adolescente não salvou o mundo dessa vez porque estava entretido com um short rib ao molho gorgonzola e batatas coradas. Ele curtiu, eu achei de um mau gosto extremo espalhar um molho denso em cima de um dos mais bonitos cortes de carne que existe. Na outra ponta marido se arrependia com uma moqueca de Abadejo (não Badejo) e camarões (quatro ou cinco, agora veio uma dúvida) tão sem graça que parecia sopinha de convalescente. Econômica em sabor e insumos.

Soube que o chef do PATEO ZERO8ITO é experiente e reconhecido no pedaço. Sei também que o restaurante é novo e que pra azeitar uma casa leva tempo, mas assim comi. Deixo aqui meus votos de uma boa sacudida nos farelos e uma espetacular volta por cima.

 

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